O homem que ousou discordar

Quantas vezes "imploramos" por coragem, por essa vontade inquebrantável de seguir adiante? Quantas vezes, em busca do reconhecimento de uma inflexível "maioria", nos ajoelhamos diante da vida em busca de uma fortuita "benção" por nossa subserviência muda diante dos eternos "donos" do mundo? Seguir o "rebanho" à beira de um precipício sempre foi e será loucura, mas uma "loucura" que somente os que "ousam" se distanciar do "rebanho" irão perceber claramente. Coragem, meus caros, ao meu ver, é quando ao se perceber o "erro", seja qual for o "momento", levantar-se e lutar "conscientemente" contra a "tirania" massificadora. A coragem não é algo que se "implora" de joelhos, mas que se conquista de pé ao se defender suas crenças e ideais mais caros. Quer saber o seu, o meu, o nosso futuro? Abra bons livros de História e leia-os! 

1984

“(...) O Partido procura o poder por amor ao poder. Não estamos interessados no bem-estar alheio; só estamos interessados no poder. Nem na riqueza, nem no luxo, nem em longa vida de prazeres: apenas poder, poder puro. O que significa poder puro já compreenderás, daqui a pouco. Somos diferentes de todas as oligarquias do passado, porque sabemos o que estamos fazendo. Todas as outras, até mesmo as que se assemelhavam conosco, eram covardes e hipócritas. Os nazistas alemães e os comunistas russos muito se aproximaram de nós nos métodos, mas nunca tiveram a coragem de reconhecer os próprios motivos. Fingiam, talvez até acreditassem, ter tomado o poder sem querer, e por tempo limitado, e que bastava dobrar a esquina para entrar num paraíso onde os seres humanos seriam iguais e livres. Nós  não somos assim. Sabemos que ninguém jamais toma o poder com a intenção de largá-lo. O poder não é um meio, é um fim em si. Não se estabelece uma ditadura com o fito de salvaguardar uma revolução; faz-se a revolução para estabelecer a ditadura. O objetivo da perseguição é a perseguição. O objetivo da tortura é a tortura. O objetivo do poder é o poder. Agora começas a me compreender? (...) Se quer uma imagem do futuro, pense numa bota pisando um rosto humano – para sempre.”

Sigur Rós - Fjögur píanó

Depois de assistir a esse belo clipe, por que não fazer uma escolha só sua? 

Por um novo mundo possível

Numa época de trevas e opressão, ódio e tirania, Chaplin, em seu discurso final de O Grande Ditador, consegue nos lembrar de uma outra humanidade possível, de luz e felicidade, amor e democracia. Quão diferente pode ser o mundo se assim desejarmos que seja; quão difíceis são os dias de terrror e agonia. Mas eles passam, sempre passam... Ah, a esperança: doce alento dos homens nesses tempos tão cruéis!

Vale a pena assistir ao vídeo (clique em Continue lendo...), prestar atenção no "chamamento" à humanidade desse gênio do cinema, que quando falou pela primeira vez em seus filmes foi nessa belíssima e universal obra cinematográfica.